Um estudo feito em 2022, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou que o Maranhão perde apenas para o estado da Bahia em número de crianças com menos de um ano de idade, internadas com desnutrição.
O estudo “Observa Infância”, da Fiocruz, revelou que o Maranhão foi o segundo estado do país que mais registrou internações de crianças com menos de um ano de idade por desnutrição. Isso quer dizer que a criança não recebe o básico da alimentação para que o organismo dela funcione bem. O que pode causar doenças graves ou até levar a morte.
O estudo levou em consideração o ano de 2022. Em todo o estado foram 280 hospitalizações de crianças menores de um ano. Só na capital, São Luís, foram registradas 29 internações de crianças desnutridas. O Maranhão ficou atrás só da Bahia com 480 registros.
A médica pediatra, Andréa Bandeira, explica que a desnutrição leva a perda muscular, deficit no crescimento, causa alterações psicológicas e psíquicas, má formação óssea, anemia e outras doenças. Um problema que pode começar na infância e causar danos pra vida toda.
“As consequências da desnutrição ela vai desde da primeira infância até a vida adulta. Na verdade a imunidade diminui, as crianças desnutridas elas passam a ter mais probabilidade de adquirir doenças, viroses, doenças bacterianas e pode evoluir até para a morte”, disse a médica pediatra Andréa Bandeira.
Nas casas de palafita da Vila Palestina, na capital, crianças recebem o sopão nos fins de semana, um projeto comunitário liderado pela líder comunitária, Raimunda Trindade. Ela conta que essa é uma forma de ajudar os pais a garantirem alguma comida para as crianças e diminuir o risco de desnutrição. “É fundamental porque as vezes têm crianças aqui que já esperam. Uma mãe que tem seu filho que já começa o dia com fome e não tem nada para comer tanto chora a mãe como chora o filho, mas graças a Deus nós temos pessoas que nos ajudam”.
Fonte: G1 Maranhão